quarta-feira, julho 04, 2012

Time to close

Depois de muito tempo sem vida, declaro por encerrado este blogue... até ao próximo...

sexta-feira, outubro 08, 2010

Adeus Costa...

Não tive hipótese de dizer-te adeus convenientemente...

Não tive tempo (apesar do muito tempo que estivemos juntos), de dizer-te que ia sentir a falta dos nossos piqueniques, dos nossos passeios de comboio e das descobertas de sítios secretos só nossos em cada sítio que passávamos...

Lembro-me como se fosse hoje do esconderijo na estação de comboio de S. J. da Madeira, e da casa assombrada, que mais não era que a casa da tua mãe, que há anos estava vazia... mas eu era uma criança com uma imaginação fértil... e tu sabias, e cultivavas as histórias na minha imaginação, para que eu a desenvolvesse cada vez mais...

Lembro-me como se fosse hoje das chicletes no bolso, que até aos últimos dias nos oferecias, das histórias que contavas, e nas quais acreditava, nas canções que cantavas, que me faziam chorar e rir, dos poemas que escrevias e que, com tanto orgulho, me lias.

E lembro também os últimos tempos, da cabeça confusa, da recusa em comer, das dificuldades em respirar sem máscara de oxigénio... e penso que talvez tenha sido melhor assim, mas a mim custa-me deixar-te ir embota, Costinha, e pensar que nunca mais haverá a piqueniques no Marquês, viagens de comboio ou aventuras em casas abandonadas.

E custa-me pensar-te ali, deitado, quieto (coisa que nunca foste).

Por isso não te quis ver hoje... para mim serás sempre o companheiro de aventuras que não parava, que viajava de autocarro em autocarro, de comboio em comboio, só para que os netos sonhassem mais um pouco com histórias de encantar. O avô que nunca deixou que o chamasse de avô, porque avós são os velhos, e, por issso, foi, é e será, o Costa, ou Costinha, para todos os netos...

Espero que compreendas que não poderia ver-te parado, inerte, quieto...

Quero que saibas que amanhã me despeço do teu corpo, mas tudo o que me ensinaste a sonhar estará comigo, para sempre... e que sou o que sou, em grande parte, graças aos sonhos que cultivaste em mim... dentro de mim estará sempre um bocadinho de ti...

Adeus Costa, até todos os dias, todas as horas, todos os sonhos...

Um beijinho desta tua neta que nunca te esquecerá!

segunda-feira, julho 06, 2009

post só pra mostrar que estou viva

E já lá vão uns meses desde o último Post... a verdade é que a preguiça é muita, e a vontade de escrever tem sido "aliviada" num Moleskine de bolso ou nas conversas de café, em que os pensamentos delirantes invadem as conversas.

A vida também gira à volta do mesmo de sempre... entusiasmos repentinos, desilusões já costumeiras, semanas muito ocupadas, fins de semana preenchidos de almoços e jantares, e a vida passa e vai passando e em menos de um mês terei 1/4 de século.

Os dias são passados entre viagens (de carro e nas nuvens), cães quase atropelados, pneus furados e jantes estragadas, enquanto nas noites se ouve um tango ou uma valsa no Recreio Artístico, enquanto pensamos que seria engraçado um dia dançarmos também à janela.

Hoje não há música. Apenas o barulho estridente dos noctivagos que estão no bar, e o som metálico dos matrecos que se jogam (nunca em silêncio), com berros a cada golo, como se um jogo do campeonato do mundo se tratasse.

Hoje é dia de pôr a escrita em dia, para em seguida me debruçar num sono, acompanhado de sonhos. Um sono que passa a correr, porque só faltam 9h para sair de casa amanhã, com os olhos semicerrados como quem pensa: hoje o que eu queria mesmo era ficar a dormir mais um bocadinho... este é o pensamento de todas as manhãs.... um pensamento nunca concretizado. Este é o pensamento com que acordo quando entro no carro, e me preparo para mais 50 km.

terça-feira, abril 21, 2009

coisas várias de semanas várias

Estas últimas semanas têm sido cheias... tão cheias que o espaço ficou abandonado, sem rei nem roque.

Nestas semanas já fui rainha que passeia por entre jardins e palácios, viajante aventureira que acaba o dia com as calças cheias de lama, trabalhadora árdua que faz horas extra, e amante de poesia e de teatro que ensaia para o espectáculo de domingo... tudo isto numa só cabeça, num só corpo.

E com tempo, mas sem grande vontade de escrever.

Por isso, e aproveitando a actualização da colocação do MOUVA (o meu palco de domingo) no blog, decidi deixar a preguiça a descansar enquanto os dedos escrevem.

E por hoje é tudo. Com dois dias de férias a caminho, tentarei vir aqui, e mostrar os palácios e jardins de que fui rainha.

Até já!

PS - já que aqui estou, deixo também a publicidade em duplicado. Se tiverem hipótese, Apareçam!!

quarta-feira, março 25, 2009

Projectos que nos projectam

Hoje, tal como ontem e como amanhã, estou empenhada num projecto que me projecta para além de mim.

Vou ser eu, sendo outro, e vou libertar a poesia que sempre me correu nas veias desde que me conheço como ser falante.

Desde as quadras simples, aos sonetos, aos poemas complexos da contemporaneidade, sempre tive poesia no sangue e na voz. Sempre senti cada verso como uma nota solta. Sempre compreendi as faces da poesia, seja ela escrita, falada, pensada, ou simplesmente vivida.

E é esta poesia que me faz estar assim, empenhada. Empenhada como não me via há já muito tempo...

E é este ser outro com poesia que me move a fazer o melhor possível e empenhar-me a fundo...

As pessoas que me rodeiam já não conseguem ouvir-me falar mais em poesia... porque cada expressão, cada frase, cada imagem me lembra um outro poema, um outro verso, um outro poeta.

Claro que há outros factores que ajudam a este empenho e euforia... o carinho, os pequenos momentos que se passam no dia a dia.

Hoje, Amanhã, e até ao final de Abril, a poesia e os momentos que são nossos povoarão o meu mundo... e o resto... o resto é uma pausa (às vezes demasiado longa) entre as estrofes.

sexta-feira, março 13, 2009

Minha música

Sempre sonhei que um dia alguém fizesse uma música para mim...
Uma música a que eu pudesse chamar minha, mesmo não sendo feita por mim...
Uma música como eu, um equilibrio nada equilibrado entre melodia e letra, e onde as palavras se seguissem naturalmente, sem falsos significados, mas longas metáforas.
Sempre sonhei com a minha música... eu que nem sequer canto bem... até que um dia percebi que todas as músicas que ouço são minhas... porque todas elas representam um pouco de mim... todas elas são eu, e eu estou em todas elas... se tiver o cuidado de me procurar.

E hoje encontrei-me nesta música... que não é a minha música, mas é minha...

Chama-se Malemolência, e além de minha, é de uma cantora chamada Céu, de um álbum homónimo.



terça-feira, março 10, 2009

Livro em branco

Há algum tempo que não fazia estes testes... e hoje apeteceu-me...

Ao que parece, sou um livro em branco...